sexta-feira, junho 30, 2006

A conversa-5

Um rabino, pesquisador, chega a uma cidade do interior para descobrir quantos judeus moram nesta cidade.
Vai direto na casa de um judeu alemão, que mora há anos na cidade.

Rabino: Olá, estou fazendo um censo para descobrir quantos judeus existem no Brasil, e aqui nesta cidade, começarei por você.
Judeu alemão: Pois pode começarrr comigo e terminarrr aqui mesmo. Judeu aqui nesta cidade, só eu.

A passagem do rabino pela cidade foi bem rápida.

Descanso



Nestes dias 20 e 21 dia de Copa do Mundo, a poesia ganha um descanso.
Aproveito para comentar um fato engraçado que aconteceu na web brasuca hoje.
O Olé é um jornal argentino que adora provocar o futebol brasileiro.
Pois hoje os brasileiros descontaram.
O jornal online fez uma enquete perguntando qual seria o resultado da partida entre Argentina e Alemanha, nesta sexta-feira.
Algum brasileiro mais avisado descobriu, e espalhou por aí.
O resultado: em poucas horas, a opção " Alemanha ganha no tempo regulamentar" ultrapassou todas as outras.
O resultado 2: o jornal retirou a enquete do ar.
Provavelmente espumando de raiva.
Pelo menos hoje, a vitória foi brasileira.
Só falta levar esta avalanche para os gramados.

quinta-feira, junho 29, 2006

19o. dia e os recordes brasileiros

Ronaldo deve estar gordo de recordes
enganou o goleiro de Gana e pronto
em 4 copas já são 15 gols feito acordes
um jogador que serve pra ilustrar um conto

Cafu com 19 partidas é o recordista brasileiro
Ninguém jogou mais que ele, o moço do Jardim Irene
No jogo contra Gana, vimos um Lucio guerreiro
Um Zé Roberto com gol, fechou um Brasil solene

E Zidane acordou, terá sido a beleza torta de Ribery?
Ou o pênalti que abriu o placar para a Espanha?
Vieira decidido a ser a França a última a sorrir
E mestre Zizou completou a festa na Alemanha

As quartas-de-final merecem comentários
Brasil e França, final de Copa antecipada?
Ou uma vingança dupla para os canários?
Esperamos sim, que Zidane faça sua despedida
Animada

18o. dia, não levou gols, nem classificação

Um dia de poucos gols merece poucos versos
Um dia inteiro só com gols de pênalti
Um pênalti que não foi, socceroos aos soluços
Não vimos uma Itália que se exalte

Suíça e Ucrânia ganharam o Oscar do medo
Não me ataque que eu não penso em vitória
Os pênaltis decidiram quem foi mais cedo
Sobrou para os suíços, que entraram para a história
Voltaram pra casa sem levar gol
Castigo pra quem não quis alçar vôo

segunda-feira, junho 26, 2006

17o. dia, 11 partidas, 11 vitórias

Inglaterra e Equador deu dor de ver
Se a partida só teve um gol
Um grande responsável foi Ashley Cole
Desviu um chute que no gol ia morrer

O galã, o metrossexual, o popstar
Pode ser tudo isso, mas foi Beckham guerreiro
Cobrou uma falta que foi amiga do ar
Abriu o placar e correu no jogo inteiro

E como não louvar Luis Felipe Scolari ?
Com seu recorde de 2 Copas e 11 jogos
11 vitórias, ninguém surgiu ainda que o pare
Até agora, foram só alegrias para dois povos

Maniche é o volante do chute bonito
Miguel é o voador do corredor aberto
Vimos contra Holanda um Portugal infinito
Agradecemos aos lusos pela arte do incerto

domingo, junho 25, 2006

16o. dia, primeiro das oitavas

Furacão, tempestade, terremoto, energia da torcida
A seleção alemã, toda atenta e aguerrida
A Suécia pega na bola
Sem respirar
A Alemanha arquiteta jogadas
Para marcar
Parecia a Suécia num passeio no bosque
E a Alemanha destruindo com Podolski
Dois a zero, passaporte para as quartas
A Suécia não chegou a tirar fina
Será a Argentina?

Em seu jogo contra o México, Sorín pouco fez
Um petardo de Pardo na área, gol de Rafa Marquez
Em pouco tempo, empatou Crespo
Sem respirar
O jogo ficou equilibrado
Sem mais ninguém marcar
O tempo passa, o juíz anula gol
Messi faria, México cairia
Prorrogação
Voltam os latinos á ação
Então perto do fim
Ressurge Sorín
Com um cruzamento
Parecendo casamento
Entre seu pé e o peito de Maxi
Que se lembrou de Maradona
E a bola ficou lá paradona
No fundo do gol
Depois de uma pintura
Que formosura

Em 15 dias, terminou a fase de grupos

Quinze dias, valeu a espera, belos espetáculos
Os grandes mostraram todos seus tentáculos
Todos ex-campeões de Copas estão classificados
Menos o Uruguai, que não veio, foi pra outros lados

Neste último dia, alegria, Zidane sem aposentadoria
Presente de aniversário para mestre Zizou e Vieira
Pelo que hoje vi, gostei de Ribery, joga com sabedoria
Dois a zero em Togo, França volta na terça-feira

Encontrará com a Espanha, que ganhou os nove pontos
Sauditas e Tunísia tchau, vamos para o jogo da Suíça
Dois a zero na Coréia do Sul, que só levará seus contos
Começa a fase-mata-mata, a fase da precisão maciça

sábado, junho 24, 2006

14o. dia de Copa, Ronaldo passou Pelé

Gornaldo, Bolha...apelidos por brasileiros sem memória
Quem mais deu ao seu povo tanta glória?
Ronaldo fez o décimo quarto, no dia quatorze também
Foi um placar farto, quatro a um pra ficar de bem

Amém para Hiddink, o técnico dos milagres
Levou os coreanos ás alturas, agora os australianos
Fizeram o primeiro gol em Copas, não são mais bagres
Estão nas oitavas, e croatas esperarão mais quatro anos

Chegou a hora do E, o grupo equilibrado
A Itália conseguiu vencer a Tcheca, que se despediu
Gana manteve o brilho africano e o mundo maravilhado
Os americanos das últimas Copas, ninguém viu

sexta-feira, junho 23, 2006

13o. dia de Copa e as 10 de Felipão

Felipão já desfila 10 vitórias consecutivas
O recorde vai durar ou ser batido nas oitavas
Maniche e Sabrosa silenciaram mexicanos e seus vivas
Será que vão mandar os holandeses para as favas?

Irã e Angola, a partida da degola
Não tinham mais chances, perderam pontos antes
Argentina e Holanda, o clássico foi sem bola
Pareciam arfantes, amarrados por barbantes

Um país que chegou ao fim, e Costa do Marfim
Jogo histórico, o último de Sérvia e Montenegro
Que voltem separados, mas com muitos gols assim
Nada melhor que 5 gols, pra acabar com placar magro

quarta-feira, junho 21, 2006

A Alemanha foi o destaque do 12o. dia

Klose lembra " fechar" em português
Mas quem abriu o dia foi este polonês
Do país que saiu da Copa, mas deu 5 gols
Para Polônia e Alemanha, que naturalizou-os
No almanaque do dia, Alemanha é o destaque

O Equador viu o crescimento germânico
É de dar pânico, ou os locais pararão nos grandes?
Não se sabe se sairão antes, ou se levarão o caneco
Se escutarem o eco da imprensa, na final têm presença
Não querem o hexa, fazem de tudo para que o impeça

O joelho machucado de Owen foi uma pena
Ingleses e suecos empataram em dois
Ué, imprensa européia, onde estão os heróis da cena?
Podem até ganhar a Copa, mas isso ainda é depois
Ora, pois, ora, pois, olha ali o Felipão...

segunda-feira, junho 19, 2006

11o. dia de Copa, Dia de Sheva

Quiseram cegamente um prêmio, togoleses, receberam
Um chocolate...Suiço
Pequena barra dele, de 2x0, Frei e turma deslancharam
Prontos para as oitavas...ou sumiço?

Em seguida vimos Shevchenko acordar, pra Copa nasceu
A Arábia Saudita...já arma saudades
Ucrânia 4x4, de quatro apanhou, com quatro devolveu
A fome aumenta...por gols beldades

A Espanha não queria mais nas nádegas, colocou Fábregas
Para a frente...veio Raul
A Tunísia surpreendia, mas com defesa lançada ás pândegas
Caiu por Torres...ao vermelho e azul

domingo, junho 18, 2006

10o. dia de Copa, Brasil melhora

Zico persegue a qualidade, o atacante faz maldade
O técnico croata vê o filho concluir sem esmero
Substitui o filho Nico, que não deixou saudade
No Japão entrou Oguro, mas só veio zero a zero

Ronaldo acordou, deu passe pra gol, esperança
Adriano fez gol, comemorou a la Bebeto-criança
Seu filho quem nasceu, boa coincidência, hein Zagalo?
O Fred entrou-marcou dois a zero, o Robinho? iremos amá-lo

Depois de oito anos, surgiu um gol francês
O nome dele é Thierry Henri, evitou a pane
Mas o coreano empatou, num gol que quase não fez
Será que foi a última vez de Zinedine Zidane?

( o autor do blog homenageia este grande jogador francês, deixando como explicação para quem ler esta poesia dentro de algum tempo, que pelo fato da França ter somente 2 pontos até aqui, pode não se classificar para a próxima fase, e decretar o final já anunciado da carreira do mestre Zinedine.)

9o. dia de Copa, o dia em que Bussunda se foi

Perdão aos leitores, mas Bussunda se foi
A inspiração também some, é automático
Mas como homenagem, o grande futebol deu um oi
Deu um chute no futebol burocrático

Os colegas portugueses nos animaram com Deco
Voltou de contusão e foi o nome do jogo
Figo jogou muito, e o pênalty foi o eco
Irã despediu-sa da Copa, jogou sem fogo

Chegou a tarde, uma celebração ao casseta
Belos gols, grandes jogadas, boas surpresas
Bussunda, o que você rimava com casseta?
Pode ser o futebol de Gana, as luzes do belo acesas

Itália e os EUA completaram a bagunça
O Grupo E hoje é o mais inusitado
Todos podem passar, todos têm esperança
Bussunda, vai alegre, belo ser iluminado

sábado, junho 17, 2006

No 8o. dia, goleada ou nada, teve de tudo

Seis gols escreveram a obra argentina
Os hermanos deram sorte, isso sim
Não importa qual frase prefira, logo acima
Eu, brasileiro e rival assumo, um grande domínio enfim
Teve gol de todo jeito, e no final Tevez

No segundo jogo, o novo clássico da laranjada
Em time africano, ataque voa, defesa desanda
No primeiro tempo, os vans deram uma acelerada
No segundo, fim para o Marfim, classificou Holanda
Dois pênaltis sem marcar, juíz poupou Van der Sar

No último jogo do dia, zero a zero é covardia
Sem gols no cardápio, escrever vira fardo
Recorro ao som dos nomes pra salvar a poesia
Loco, Jamba, Kali e Akwa, Torrado, Zinha e Pardo
Que eu acorde amanhã, com um belo Portugal e Irã

quinta-feira, junho 15, 2006

7o. dia de Copa e o que fica datado

Ljunberg, Crouch, Tenorio, Kaviedes, Gerrard ou Delgado
Os autores dos gols de hoje serão algo datado
O leitor que se deparar com estes nomes em 30 anos
Não fixará seus olhos neles, salvo algum engano

Mesmo assim, para historiadores e fanáticos
Ou para os leitores de hoje mesmo, relato em poesia
A Inglaterra passou infinitos minutos sabáticos
O gol não saía, o chuveirinho voltou, como se fosse outro dia

A Costa Rica não cruzou a linha do Equador
E com dor, levou 3 gols e na Copa não mais fica
A Suécia ganhou sem luz, Paraguai perdeu sem amor
Trinidad e Tobago tomou chá inglês, mas quase salpica

Esta é a Copa dos últimos minutos
Do desaparecimento dos insultos
E dos juízes que, afinal, apitam invisíveis
Por enquanto...

quarta-feira, junho 14, 2006

6o.dia de Copa, onde a Fúria toureou

La Fúria Espanhola atropelou a Ucrânia e assim vou também, em homenagem, numa goleada de versos, ou palavras em seguida, assim como foi a primeira goleada da Copa, quatro touradas a zero, e Shevchenko parecia de velho Chevette, vodka?, ninguém sabe, perdidos como em cidade grande, mas com gols de Villa moleque estreante, é assim que faz, rapaz, mostra á bola seu capataz, o segundo jogo do dia não estava sem roupa na cozinha, mas foi pelada de Copa, profusão de gols entre times fora da Europa, árabes dois, tunisienses também, mas a bola está com quem? ninguém, vem o jogo da Alemanha, dois poloneses fazendo manha, Klose e Podolski nasceram lá, e contra eles nada fizeram, os alemães quase perderam, se antes os árabes não fizeram beirute, a Polônia tinha Boruc, em português o c final tem som de tchhh, assim como o tim-tim, que é som de alegria, ou de Klin-Klin...Klinsman, meio odiado, meio americano, mas adentrou Neuville na peleja, que garantiu aos alemães sua cerveja, ao fazer o gol chorado, demorado, suado, acabou, mais um dia, poesia, alegria.

terça-feira, junho 13, 2006

5o.dia de Copa e 1o. de Brasil

Ahn, não a onomatopéia, mas o jogador, decidiu
Coréia do Sul, ex-sede, continua com sede
O segundo jogo do dia, não lembro, existiu?
França há 8 anos em Copas sem balançar a rede

Deixo o resto para o Brasil e a Croácia
Mesmo opaco, o Brasil sempre mostra audácia
Para sair rindo quiáquiáquiá, tivemos o Kaká
1x0 é muito para a estréia, pra acalmar dá

Quem esteve gordo até aqui, o olho ou Ronaldo?
Brecado por tensões ou por gramas a mais
Parece que parou nas relvas, mas ainda tem saldo
O Brasil mesmo devagar, sempre tem talentos naturais

Deixo para este finalzinho, a alegria do Robinho

segunda-feira, junho 12, 2006

Resumo do 4o. dia da Copa

Façamos um exercício
Simon and Garfunkel
ou Simon garfou Gana?
É como cair de um precipício
Tentar fugir de um quartel
E aumentar a pena em uma semana

O dia começou com cangurus comendo sushi
Não só o primeiro gol australiano até aqui
Mas três de uma vez, inspirando kamikazes

E continuou com duas poesias angulares de Rosicky
Tcheco este, que aprendeu a dizer goodbye, yankee
E que futebol é no campo, e não só frases

O 3o. dia da Copa, ora pois

Robben, clássico da língua portuguesa, mexe com a rã
Eu disse México e Irã
O Figo aproveitou seu doce nome e açucarou
Mas no segundo tempo, Portugal parou
Dormiu, acovardou
Se opôs á raça, vai demorar até que sare
Ficou na era pré-Scolari
E na copa do placar magro
Um gol basta, não, Van Basten?
Ou a Sérvia ex Montenegro
Foi comida do fominha, o tal Robben?

domingo, junho 11, 2006

Resumo do 2o. dia de Copa, uma poesia

Poesia sendo escrita nas horas de sono dos jogadores
Chuteiras descansando, alguns não dormindo
Times que entram e praticam futebol de horrores
Outros que chegam e já estão saindo

Presidente é para saudar oficialmente
Ironia, presidente, só com maestria
O que a Internet não diz, o coração não sente
Hexa se vier, é com o gordo que nos traz alegria

Trinidad e Tobago me lembra o chiclete trident
Pois grudaram nos suecos e já viraram surpresa
Foi um jogo feio, o placar não mente
Depois veio los hermanos, trazendo futebol-beleza

Os ingleses parecem whisky paraguaio
Parecem qualidade, mas só dão dor de cabeça
Aos seus torcedores, claro, nessa eu não caio
Fecho a poesia agora, antes que eu me esqueça

segunda-feira, junho 05, 2006

Poesia cruzada

Gosto muito de palavras cruzadas.
E de poesia, como vocês podem perceber.
Resolvi misturar as duas coisas.
Abaixo está o primeiro " experimento".
Convoco os amigos leitores a entender que raios preparei para vocês.
Mandem seus comentários, que eu mando o " gabarito " no final.

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Para uma árvore florida, uma salva de palmas
Ao começar a primavera, uma salva de flores
Ainda tímida, a rosa dá um alô a novas almas
Qualquer pétala vira poesia e cura dores

Pode até surgir uma cruzada pela beleza
Pode até juntar estações em uma só
A cor do dia no ínicio mais acesa
Transforma complexas paisagens num cada vez mais simples nó

quinta-feira, junho 01, 2006

Verbos do mercado popular

Eu deleto
Tu crefas
Ele bisóia
Nós esturricamos
Vós zoarais
Eles pentelham

Eu balaço
Tu badalas
Ele corneta
Nós deduramos
Vós chifrais
Eles ressabiam

Soldado Pintado

O soldado pintado saiu do quadro
Criou pernas que não mais tinha
Foi pra guerra do dia-a-dia
Lá encontrou novas armas
Levou tinta, lavou roupa
Foi pra fila da sopa
Já ninguém mais conhecia
O quadro nasceu na Croácia
Em roubo parou no Brasil
quanta audácia
sem suas patas um croata
em busca de novas camas
já não mais sofria
sozinho se detinha
na vitrine dessa vida
voltou
soldado dentro do quadro
soldado
o seu sangue era vermelho
dos pincéis de um pintor
que pintava sem dor
de um soldado em conflito
que se assusta com um apito
do leilão vindo a seguir
será que vai sorrir
com seu próximo destino?
Haja intestino